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Dor no joelho – da ficção à realidade (2ª Parte)

por AM, em 31.03.05
Na segunda parte desta saga cá vai a história da mítica operação ao joelho.
Dia 12 de Janeiro de 2005. Era este o dia da operação. Uma semana antes recebi a tal chamada do Hospital a darem-me conta do dia da operação. Fiquei surpreendido, esperava ficar mais alguns meses à espera. Nada mau!
Fui internado um dia antes da operação, ou seja, dia 11 e a balbúrdia começou aqui.

Pediram-me para comparecer no Hospital Curry Cabral, na unidade de Ortopedia às 9h30. À hora pedida lá estava eu, à espera… e muito tive de esperar. Primeiro porque não havia cama, depois já havia mas tinha de esperar que a pessoa que lá estava se fosse embora. Portanto, mais coisa menos coisa, às 18 horas (!) fui internado, cerca de 7 horas de espera… coisa pouca, coisa pouca!

Como ia ser operado ao joelho, uma enfermeira ofereceu-se para me fazer a depilação. Eu expliquei-lhe que ia ser operado ao joelho. Em vão. Rapou-me a perna toda. Kinkada!!!!
Depois conheci os meus colegas de quarto. “Simpáticos”, pensava eu antes de ouvir umas certas histórias acerca de uns doentes que haviam passado por ali. Um daqueles tipos que passa grande parte da vida no hospital veio ter comigo e disse-me que o João Baião já havia sido operado naquele hospital!
E que ficou internado no meu quarto!
Na minha cama!!!

Parou tudo ali…
Quer dizer, o dia até me estava a correr bem, algumas horas de espera, o trauma de ser operado…
AGORA, FICAR A SABER QUE O JOÃO BAIÃO FICOU NA MESMA CAMA QUE EU!!!!
Acalmei-me, tomei os comprimidos e contaram-me que o João Baião tinha sido operado às ancas. E o que consta é que o macaco Adriano foi o responsável pela lesão. Rumores!!!

Depois foi servido o jantar e a partir daquele momento fiquei a saber porque razão a comida dos hospitais tem má fama. Realmente é de bradar aos céus.
Como não tinha nada para me entreter fiquei a ler um livro e deitei-me por volta das 22 horas.
No outro dia, a enfermeira acordou-me por volta das 7 horas. Tomei banho e preparei-me para ir “à faca”. “Tá-se bem”, pensava eu.

Fui para o corredor, já enfiado na maca e fiquei cerca de 1 hora à espera para entrar no bloco operatório. Aí, fiquei a saber que ia levar com uma anestesia epidoral. Muito bom, ainda por cima, quando o médico falhou com a agulha umas quantas vezes, picando-me as costas várias vezes.
“Não há problema, o gajo tem as costas largas”, devia ser este o sentimento do anestesista.
Para tornar aquele cenário mais horripilante, reparei que estava ali umas quantas jovens com batas. É obvio que o susto foi enorme porque não queria ser operado por estagiarias. Mas depois reparei que elas iam apenas ficar ali para observar a operação. Vá lá!!!

Fui operado, trataram do menisco roto e fui à minha vida, para o quarto do hospital. Fiquei a soro e quando acordei ainda não sentia nada da cintura para baixo, efeito da anestesia. Só vos digo que é uma sensação muito, muito, mas muito esquisita. Ainda por cima para quem é homem… não sei se já apanharam.
Durante esse dia não fiz mais nada pois não podia sair da cama.

No dia seguinte, o médico observou-me, disse que estava óptimo e tive alta. Vesti-me e às 4 da tarde já estava em casa. Durante umas semanas andei de canadianas (mudanças manuais) e agora já estou novamente em forma… pelo menos com um andar decente… e já tenho saudades de jogar à bola… tá quase!
E pronto, era isto que eu tinha para vos contar. Uma história bizarra mas interessante.
Até à próxima rotura!

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publicado às 17:50


3 comentários

De Marçal a 27.04.2005 às 14:41

Vá lá vá lá, realmente tenho de ver as coisas por esse lado... operaram-me o joelho certo...Mas os hospitais portugues são... O PIOR!!!!

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Um novo rumo, sem nunca esquecer o que ficou para trás, guardando sempre as melhores memórias.

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