por AM, em 07.01.05
Há coisas que devem ser ditas, outras que não, mas nem sempre se diz aquilo que queremos de uma forma muito compreensível.
Muitas pessoas vêm ter comigo e dizem “À e tal, falas de um modo estranho e o teu dicionário (consultar os posts Dicionário Marcelês – 1ª e 2ª versão) nem sempre dissipa as duvidas que tenho. Mas tu falas assim quando estás nas aulas ou a desempenhar algum ofício?”
Fico sempre perplexo quando acham que tenho de falar assim quando estou numa aula. Desta forma, e para responder às preces de vários leitores (tantos quanto sei, foram…dois) decidi entrar na onda do “coiso e tal” e fiz um directo para a aula de Atelier de Televisão com a minha linguagem.
Já agora ficam a saber em primeira mão, algumas das minhas novas expressões a serem lançadas na terceira actualização do Dicionário Marcelês, que está para sair em breve.
Então cá vai:
Pivot: “É precisamente em directo de Atenas, enquanto decorre o sequestro de um autocarro de turistas por dois albaneses que vamos falar com o nosso enviado especial”
“António, bom dia, o que tens para nos contar?”
Pedro,
tás melhor, então já passou o
ardor?
F*d*-s*, estou aqui rodeado de
txetxenos e
pokemons, também vejo dois
jacarés acompanhados das suas
lhékitas,
coçando a micose na expectativa do que poderá acontecer.
Os terroristas, o
Pikaxu e a Picolé, por enquanto, já
se sentam, apesar de um deles estar com uma dor no joelho.
Inclusive, um dos
jacarés, o
N’doye, foi
largar o amendoim, correndo com a
bisnaga na mão.
O ambiente é de
brlance brlance e o
xuxe pediu ao
estike um café
com mudanças ao volante.
O
Zé Dias fez questão de ir até à porta do autocarro, apresentando um ar de
kinkado, ao mesmo tempo que dizia,
“não gostas da fruta”, apertando o
mangalhone de um dos ocupantes
queimados. Um dos terroristas ameaçou fazer o
chlép chlép e levar alguns dos sequestrados em
carrinho de mão caso alguém
pegasse de empurrão.Uns dos
mankamulas da polícia local avisou que não andava a encher a barriga a
lateiros e que fosse preciso e passo a citar “dou umas
pingas a quem me chatear e uma
sandes de biqueiro”.
O motorista pediu
pauparati mas limitou-se a ir
largar o amendoim, apesar de estar de
ramadão do
ananás.Pedro é tudo daqui.
Dá-lhe um beijo no cajó e vê lá se vais à
revisão dos 50 mil, c*r*lh*.
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